terça-feira, 14 de maio de 2013

Cantiga de Condenado


Boa noite. Venho aqui novamente postar um poema de minha composição, escrito em cima de uma musica. Mas dessa vez, não é nenhuma musica de Ninar, e sim uma musica talvez bem conhecida. Chama-se "Tears To Shed", composta pelo Danny Elfman, e que está presente no filme Noiva Cadáver, do Tim Burton.
Na verdade, não foi escrita em cima da musica, mas sim, em cima de algumas partes dela apenas.
Primeiramente, ouçam a seguinte melodia:


Então, após ouvido a melodia, grave bem em sua mente os 0:48 segundos da musica, e os 1:39 desta. Em cima destes dois momentos, foram escritos pacientemente os versos que seguem aqui abaixo.
Uma boa leitura.

terça-feira, 19 de março de 2013

Marujo alegre e bom

Esse é um poema baseado em uma antiga canção de ninar, chamada "My Jolly Sailor Bold". Então eu criei um poema um pouco extenso em cima desta letra, narrando uma curta história. Antes de lê-lo, é obrigatório que se dê play no vídeo abaixo, e leia conforme a musica toca. Boa leitura.



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eu não sou uma aberração


Galopando, sem direção, sem rumo, eu vou, pela mata afora, pelos campos inexplorados, ou pelas vilas mal povoadas. O vento caminha junto comigo, carregando ao meu passo as folhas solitárias que pintam o chão dos mais variados tons de verde. A noite é a minha morada, a lua, minha protetora. Mas a escuridão, essa que acompanha a noite, se transforma em uma estranha e fantasmagórica luz a minha presença... Uma luz morta, sem brilho. Ao escutar o meu galope, à distância, você pode se sentir seguro pensando que sou apenas mais um animal solto por aí, mas ao me aproximar, você verá que está errado. Você sentirá medo e terror, e eu ficarei feliz vendo sua expressão de assombro. Você tentará correr e se esconder, mas isso não adianta, eu tenho uma maldição... Uma maldição apavorante que acompanha meu galope. Eu posso ver qualquer coisa, nenhum detalhe me escapa, nada pode se esconder perante a mim. Eu sou um ser iluminado pelo fogo maldito, que arde em minhas estranhas, transformando meu aspecto em algo terrível, assombroso, algo que você nunca desejará presenciar. Não adianta se esconder, caro amigo. Eu tenho fogo saindo de meu pescoço, fogo esse que ilumina seu medo e que queima a sua carne suja, uma maldição que transforma seu pavor em morte. Meu galope será a ultima coisa que você irá escutar, o meu calor a última sensação que você irá sentir. Eu não sou uma aberração. Eu sou a Mula sem cabeça.

Uma visão diferente de um clássico do folclore brasileiro, adaptada por mim.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fúnebre Felicidade



Erguido dos mortos, montado pedaço por pedaço
Criado na máquina, Frankie se ergueu
Quase perfeito, um curioso nato
Aprendeu à falar, e com o tempo cresceu.

Sua pele era morta, fria, costurada
Suas feições eram curiosas, uniam tristeza e felicidade
Contrastava o obscuro, com sua pele remendada
Uma mistura realmente curiosa, entre o bem e a maldade.

Nunca saía na rua, preferia mais a sua própria casa
Limitava sua vida, em ler e tocar seu piano
No entanto, certa noite, Frankie saiu numa caminhada
Livremente pela rua, sentia-se como um humano.